UNIDADE
1
– Atividade
2
Revisão
de
Literatura
Atividade
Individual
Nome:
Giovana
Morgan
Sélia
Turma:
04PSD
Disciplina:
Pesquisa
e
Saber
Docente
Com
o
objetivo
de
promover
a
inclusão
digital
dos
professores
e
gestores
das
escolas
de
Educação
Básica,
surge
a
necessidade
de
planejar
e
realizar
formação
continuada
a
todos
esses
profissionais
sobre
as
mídias
educacionais
e
suas
funcionalidades
dentro
da
Educação.
Percebemos
a
cada
dia
em
sala
de
aula
o
quanto
o
mundo
evoluiu
nos
últimos
anos
e
o
quanto
a
Educação
ainda
precisa
evoluir
para
acompanhar
tantas
mudanças
e
revoluções.
Pensando
no ambiente escolar
há
alguns
anos
atrás,
tudo
se
resumia
a
uma
sala
quieta,
um
quadro
negro
e
poucos
livros,
hoje
até
mesmo
nas
comunidades
rurais
mais
carentes
têm
chegado
computadores,
laptops,
computador
interativo,
DVD's,
lousa
digital,
tablets
dentre
outros.
E
como
fica
o
professor diante de
todo esse aparato de tecnologias, sendo que, na maioria
das
vezes,
desconhece
suas
funções
e
utilizações?
Daí
surge
a
necessidade
de
todos
os
professores
participarem
de
formações
continuadas
sobre
essas
tecnologias
para
que
realmente
possam
usufruir
dessas
máquinas
em
prol
de
uma
Educação
mais
igualitária
e
eficaz,
afinal
hoje
se
ensina
e
muito
se
aprende
na
internet
sobre
todas
as
áreas
do
conhecimento.
Este
trabalho
visa
essa reflexão
sobre
a
prática
pedagógica
e
a
utilização
dos
recursos
disponíveis
nas
escolas,
levando
em
consideração
os
desafios
implicados
nas
formações
para
o
uso
das
mídias.
No
Brasil,
até
meados
dos
anos
90,
discutia-se
sobre
a
inclusão
ou
não
dos
computadores
na
Educação
Básica. Hoje
isso
já
é
uma
realidade,
por
isso,
acompanhando
os
avanços
das
mídias
educativas
em
todos
os
lugares
e
a
facilidade
de
acesso
pelos
alunos,
os
professores
não
podem
mais
de
afastar
dessas
tecnologias
em
suas
aulas,
afinal
já
é
realidade
e
os
alunos
precisam
vivenciar
essa
inclusão
em
todas
as
disciplinas.
Necessitamos
de
uma
escola
que
possa
superar
a
atual
calcada
nos
velhos
paradigmas
da
civilização
em
crise
e
que
ainda
não
conseguiu
solucionar
os
problemas
propostos
pela
própria
modernidade. PRETTO
(1996:98) complementa, afirmando
que
“necessitamos
de
uma
escola
não
apenas
fundamentada
no
discurso
oral,
que
desconhece
o
universo
audiovisual
que
domina
o
mundo
contemporâneo”.
Acompanhando
o
quadro
atual
de
professores,
a
utilização
feita
nos
Laboratórios
de
Informática
Educativa
das
escolas
e
as
formações
oferecidas
pelo
Núcleo
de
Tecnologia
Municipal,
foi
proposta
a
seguinte
questão:
Como
os
professores
fazem
uso
das
tecnologias
disponíveis
em
sua
prática
educacional,
tendo
em
vista
a
formação
continuada
recebida
referente
às
mídias
educacionais?
O ensino em vários níveis padeçe de um mal bastante antigo, o mal do ensino maciçamente verbalista. Ainda hoje, nestes dias de internet, satélites e comunicação multimídia, realidade virtual e novas estratégias de ensino
continuaram com uma prática docente e discente nas escolas do pré-primário a pós-graduação, teimosamente aferrada a cultura oral.
(PFROMM, 1980, p.168)
Um grande desafio encontrado é que realmente sejam utilizados os recursos tecnológicos pelos professores em suas aulas, até mesmo por aqueles professores mais tradicionais, que seguem os programas pré-definidos e aguardam comportamentos
já esperados por suas turmas, buscando assim uma melhor qualidade na Educação como um todo.
Segundo Demo (1996, p.14) “qualidade é a união de habilidades de manejar meios, instrumentos, formas e técnicas ao mesmo tempo em que se possui as habilidades humanas de se fazer e de fazer história”.
Precisamos manter os nossos alunos nas escolas, para isso necessitamos motivá-los para que se interessem mais por elas, e um dos caminhos para atraí-los são as mídias, construindo assim um novo cenário de Educação, onde professores e alunos possam estar construindo juntos conhecimentos, nessa divertida experiência, inovando e reconstruindo a prática pedagógica.
VOSGERAU (1999, p.105) salienta que “a inserção dos recursos tecnológicos aliados as habilidades pedagógicas adequadas, poderão ter uma grande participação no aumento da qualidade do ensino, o seu uso requer planejamento e integração”.
As habilidades humanas são de fundamental importância para o trabalho com as
tecnologias e ter acesso e habilidade não é o suficiente para garantir uma boa
educação e formar cidadãos críticos. Os profissionais envolvidos com o ensino
buscarão os profissionais envolvidos na tecnologia, aliando-se na busca de um
ensino de qualidade aos nossos professores e alunos.
Os professores recebem as formações oferecidas pelo MEC, mas muitas vezes ainda se sentem inseguros em utilizar as mídias com seus alunos, deixando de oferecer a eles muitas vezes a única oportunidade de inclusão digital. Existem também professores que ainda estão presos a quantificação do conteúdo e o cumprimento obrigatório de todo o currículo,
em detrimento da qualidade do que está sendo transmitido e absorvido pelos alunos. Os professores precisam se dar conta que podem
potencializar a comunicação e a aprendizagem fazendo uso das tecnologias.
A diversificação e as mudanças de um ano para outro são muito grandes, não cabe mais hoje aproveitar os planejamentos de anos anteriores. Precisamos avançar muito nesse sentido ainda, buscando conhecimentos atualizados através de estudos e pesquisas, e cada vez mais aprendendo a aprender, e nesse sentido a internet é uma grande ferramenta de apoio aos docentes.
Essas e outras questões são imprescindíveis ao se planejar formações para os professores, para que se possa não só apresentar as ferramentas e suas aplicações dentro das salas de aulas, independente de sua disciplina, mas, sobretudo mostrar que as mídias, aliadas às habilidades já existentes pelos docentes, podem preparar melhor nossos alunos para enfrentar o mercado de trabalho tão competitivo como o de hoje, mostrando que não é suficiente apenas serem conhecedores das tecnologias por si só, mas saber fazer dela sua aliada.
Muitas
coisas
já
estão
sendo
feitas
para
acompanhar
o
avanço
tecnológico,
profissionais
ligados
à
educação
têm
pesquisado
e
produzido
materiais
didáticos
digitais
para
apoiar
à
aprendizagem.
É possível encontrar uma vasta produção de softwares e páginas da Web com atividades e jogos pedagógicos muito bons, apesar de observarmos que muitos deles só possuem fins
comerciais
e estão
descontextualizados em relação ao currículo.
Apesar
de
todos
os
investimentos
dispensados,
entre
projetos
e
formação
para
os
professores,
o
computador
ainda
não
se
difundiu
como
prática
integrada
na
escola,
um
fato
constatado
tanto
na
esfera
nacional
quanto
internacional
(AREA,
2002,
e
SANCHO,
2006).
Behar (2009) menciona a expectativa do poder público de que o uso de ferramentas tecnológicas rompam
com
o
gigantesco
déficit
educacional
do
nosso
país,
retratada
a
partir
de
investimentos
maciços
em
projetos
como
PROINFO,
Mídias
na
Educação,
o
UCA
(Um
Computador
por
Aluno)
e
agora
os
tablets.
Apesar
desses
investimentos,
ainda
temos muito que avançar para que essas tecnologias sejam efetivamente incorporadas ao cotidiano
escolar.
A qualidade e a aplicabilidade das formações de professores para o uso das tecnologias é uma das condições para uma implementação efetiva da mesma nas escolas. Essas formações não podem enfatizar apenas as habilidades tecnológicas e ocorrer de forma desvinculada da realidade escolar para que suas ações e resultados sejam efetivos na melhoria do ensino. As perspectivas mais recentes indicam a necessidade da formação de professores acontecerem de forma contínua, contextualizada nas práticas e voltadas ao desenvolvimento de um profissional reflexivo (NÓVOA, 1999; ZEICHNER 1993; PÉREZ GÓMEZ, 2002; TARDIF, 2002).
Nessa perspectiva da utilização das tecnologias digitais, os estudos discutem sua utilização de agregar efetivos avanços nos processos de ensino-aprendizagem (KENSKY, 2007, MORAN, 2000). Para isso é importante investigar como os professores estão utilizando as tecnologias em sala de aula, para que eles tenham condições de desenvolver atividades que levem o aluno a refletir e a contextualizar a aprendizagem adquirida na escola com as situações vividas em seu cotidiano.
Almeida (2005) discute que a utilização de diversas mídias pode contribuir para que os alunos exerçam a função de um construtor de significados. A autora enfatiza que o conhecimento do professor é fundamental para que a tecnologia seja utilizada de acordo com os objetivos da atividade. Investir na formação de professores implica em desenvolver um trabalho em que as mídias serão utilizadas de forma a garantir um trabalho baseado na reflexão das principais ferramentas, funções e estruturas das tecnologias.
Fagundes (2005) aponta que apesar do desenvolvimento de diversas ferramentas, ainda se faz necessário pesquisar como os professores trabalham com as tecnologias.
Fernandes (2009) apresenta em sua pesquisa o professor como agente ativo na implementação de tecnologia na escola, sendo esse capaz de superar as dificuldades de ordem tecnológica e pedagógica no ensino.
A comunicação entre os educadores, escola, pais, especialistas, membros da comunidade e de outras organizações; dar subsídios para a tomada de decisões, a partir da criação de um fluxo de informações e troca de experiências; produzir atividades colaborativas que permitam o enfrentamento de problemas da realidade escolar. (ALMEIDA; MENEZES, 2004, p.1).
Segundo artigo do Especialista em Docência do Ensino
Superior e Educação a Distância Roberto Carlos da Fonseca, publicado na Revista
Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância:
A necessidade do educando na busca
de novas perspectivas e uma formação adequada enseja o caráter motivador e este
por sua vez requer do educador a contrapartida na busca de atendimento
constante e focado nas dificuldades e anseios de seu alunado, sempre buscando a
melhor ferramenta e a abordagem propícia a cada pessoa ou grupo de interesse ou
de trabalho. (2010, vol 9)
Publicado na Revista Brasileira de
Informática na Educação, as professoras Melissa Picchi Zambon, Deisy das Graças
de Souza e Tânia Maria Santana de Rose, dizem que quando um recurso pedagógico é
apresentado ao professor, este tende a fazer um julgamento sobre como aquilo
pode ser relevante para o seu trabalho e para atingir suas metas em sala de
aula. Tal julgamento é baseado em crenças e valores prévios e afetará a forma
como o novo recurso será utilizado em seu cotidiano. Assim, é importante que as
TIC sejam apresentadas ao professor de forma contextualizada e significativa
para que ele possa ter claro como elas se relacionam aos seus objetivos na
escola e de que forma podem contribuir na aprendizagem dos alunos.
Todos os artigos analisados
retratam sobre as formações recebidas pelos professores, sejam na modalidade
EAD ou presencial, e como isso está sendo aplicado ou não nas suas salas de
aula. Percebe-se que apesar de serem muitas as possibilidades do uso das TIC no
contexto educacional, seu potencial ainda precisa ser mais amplamente
explorado. Observa-se também que em todos os textos lidos fala-se sobre como a
utilização orientada e bem sucedida nas formações podem favorecer os
professores a maximizar sua capacidade sobre o uso das tecnologias em suas
atividades docentes diárias, aumentando as chances de que as TIC sejam
efetivamente utilizadas com sucesso nas escolas.
Referências
Bibliográficas:
ñ CAVALCANTE, A. Tecnologia na Escola: Um modelo de
Implementação a partir da Formação de Professores. In: Revista Brasileira de
Informática na Educação, 2009.
ñ D'AMBRÓSIO, U. Tempo de Escola e tempo da Sociedade.
In: Formação de Professores. São Paulo: UNESP, 1998.
ñ DEMO, P. Educação e Qualidade. Campinas: Papirus,
1996.
ñ FONSECA, R. C. A prática docente a partir da
interatividade nos ambientes virtuais de
aprendizagem, ABED, 2010.
ñ PFROMM, S. N. Telas que ensinam: mídia e
aprendizagem do cinema ao computador. Campinas: Alínea, 1998.
ñ PRETTO, N. L. Uma escola sem/com futuro – Educação e
Multimídia. Campinas: Papirus, 1996.
ñ VASGERAU, D. S. R.
A importância da utilização dos recursos tecnológicos nos cursos de
formação de professores, PUC – PR, 1999.
ñ VIEIRA, R. S. O papel das tecnologias da informação
e comunicação na educação a distância: um estudo sobre a percepção do
professor/tutor, ABED, 2011.
ñ ZAMBON, M. P.;
SOUZA, D. G.; ROSE, T. M. S. Autoeficácia e experiência de professores no uso
de tecnologias de informática. In: Revista Brasileira de Informática na
Educação. Volume 20. Número 2, 2012.